Os fósseis encontrados a leste do lago Turkana no Quénia colocaram dúvidas sobre teoria da evolução do homem. A conclusão está num artigo na revista científica " Nature " desta semana.
Os cientistas da equipa liderada por Fred Spoor , da University College de Londres consideram que a descoberta de uma mandíbula do Homo habilis , com 1,44 milhões de anos, e de um crânio do Homo erectus, curiosamente mais antigo, com 1,55 milhões de anos, afastam a possibilidade do habilis ser ‘pai’ do erectus, por estes terem vivido em simultâneo durante 500 mil anos.
O cenário evolutivo mais aceite até agora costumava ver uma sucessão clara entre o H. habilis e o H . erectus. O primeiro teria surgido por volta de 2,3 milhões de anos atrás, no leste da África, e usado pela primeira vez ferramentas de pedra fabricadas por ele mesmo (daí o nome latino de "hábil"). Era um hominídeo pequeno, pouco maior que um chimpanzé moderno.
Já o H. erectus, suposto descendente direto e substituto do H. habilis, teria surgido por volta de 1,9 milhão de anos atrás e desenvolvido um cérebro com dois terços do volume do nosso, assim como tamanho e proporções do corpo praticamente iguais ao do homem moderno.
“O fóssil da mandíbula indicia que o H. habilis não era a espécie-mãe do H . erectus. Eram sim espécies irmãs que viveram ao mesmo tempo”, sustentam os investigadores na revista Nature. A ideia do trabalho exclui totalmente é a ideia de uma única linhagem da evolução, sem 'galhos', na qual um se transforma no outro.
A posição dos cientistas no Quénia surge uma semana após uma equipa espanhola de paleontologia defender que os nossos antepassados serão originários não apenas de África mas também da Ásia.
O uso do DNA abalou a Evolução do homem e contrariou as teorias dominantes de há 30 anos ao afastar o Homem de Neandertal, como um nosso antepassado. A ligação entre o australopiteco e o Homo erectus também é polémica.
Parece que mais um dogma cientifico poderá cair por terra... E esta descoberta poderá ter diversas implicações no próprio "tecido" da evolução. Evoluções paralelas e plurais poderão demonstrar que existe, de facto, um caminho convergente na evolução das espécies, o que alarga o horizonte até agora restrito da própria evolução.
Sobre algo relacionado, também poderá encontrar um interessante no blog Quintus.
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