Terça-feira, 5 de Janeiro de 2010

Diário da República não respeita o Akordu Ortugrafiko. Ainda bem!

"Este foi o ano definido pelo Governo para abrir as portas ao novo acordo ortográfico. Mas no Diário da República - o órgão escolhido para estrear as novas regras da língua portuguesa - ainda se escreve à ‘velha maneira’, sem respeitar as alterações introduzidas pelo acordo.

Em Dezembro passado, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, anunciou que as novas regras da língua portuguesa começariam a ser aplicadas já em 2010, tendo como ponto de partida, as edições do Diário da República. O gesto constituiria um incentivo para que, também na administração pública, fossem dados os primeiros passos na transição para o novo acordo.

Contudo, e depois de consultar a primeira edição do ano, publicada ontem na página oficial do Diário da República, o SAPO verificou que as novas regras da língua portuguesa ainda não foram aplicadas, sendo por isso vários os erros ortográficos - pelo menos, à luz do novo acordo. "

 

in SAPO

 

Finalmente uma boa notícia! Espero que este Akordu ditatorial que desrespeita o natural desenvolvimento da Língua e a diversidade como riqueza cultural, se mantenha longe do DR, até porque a sua introdução poderá transformar qualquer texto num chorrilho de ambiguidades.

Já me chega viver num país onde sou obrigado a aturar corrupção, incompetência e estupidez. O que mais faltava agora era também me virem agora dizer que o modo como escrevo está errado! Qual é o próximo passo deste prostrado facilitismo? A escrita SMS ser tornada regra? Só mesmo os portugueses para terem tais ideias... Falem de Akordus a um espanhol ou a um inglês. Mas esses, claro, têm uma outra consciência que nos escapa... Epá, mudem também os nomes das nossas terras e monumentos, não vá algum estrangeiro ter dificuldade em as pronunciar ou algum menino ter dificuldade em as aprender! Ups! Já alguém se lembrou disso...

Eis um admirável mundo novo! Obrigado, eu fico à porta...

publicado por sá morais às 12:08
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Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008

Desacordo Ortográfico

 

 

"Línguas são como organismos vivos: nascem, crescem e morrem. Numa palavra, evoluem. Só que, ao contrário de entidades compostas por moléculas de carbono e codificadas por genes, fazem-no principalmente pelo que os biólogos chamam de "genetic drift" (deriva genética), isto é, sem muita seleção -até pode haver alguma competição entre idiomas, mas bem menos do que entre indivíduos. Escrever "super-homem" ou "superomem" não torna o português mais ou menos apto a sobreviver no mundo lingüístico. "

 

Hélio Schwartsman, 42, é editorialista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.

 

publicado por sá morais às 20:13
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Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008

O Cuzinheiro de serviço...

Ontem passei os olhos por um jornal e lá estava um anúncio do Ministério da Educação a abrir concurso para um lugar de CUZINHEIRO. Pronto, não me vou aqui pôr com trocadilhos. Apenas vou lamentar este erro, que talvez seja mero lapso ou ( mais ) claro sinal de como anda a nossa língua…
   Depois abri outro jornal de Viseu e deparo com um artigo de opinião de Juãu D. Marques. Ele defende uma radical simplificação da língua. Aquilo que ele diz ser o Português limpo, defendendo mesmo coisas como: “sedênsia, xeqe, xinezise, xicatríx, aqeser, (… ), talvex, vejetarianijmu, isu, ixtu i aqilu”… Segundo ele, deveríamos ter a grafia regulada pelo modo como falamos, pela oralidade. Seria uma simplificação, segundo ele… Esquece-se certamente dos regionalismos e mesmo das milhentas variantes orais, próprias de cada pessoa, que tornariam a escrita uma verdadeira bandalheira, regulada pelo falar de cada indivíduo e, provavelmente, indecifrável para os outros. Uma língua “à vontade do freguês”! E mesmo que essa língua fosse regulada por uma norma, seria a norma de quem? Quem seria o modelo? Ou haverá a ilusão que todos falamos do mesmo modo? Ele próprio escreve metade do artigo usando esta sua versão “simplificadora” da escrita… Bem, não estou habituado a escrita SMS, pelo que demorei muito tempo a perceber o que estava escrito nessa escrita… simples…
    Ele afirma mesmo que “ U valor etimulógico da nosa língua já está mais do que registadu i au atualizar a nosa escrita estariamus a valorizar ainda mais esse passadu istórico tal comu oje admiramus um pergaminhu da era dus descubrimentos ou mesmu uma mueda de 2$50”. Bem, será preciso salientar o quão descabidas são as comparações? Ou deveríamos antes reflectir na falta de lógica da afirmação em si própria? Ver a escrita como uma moeda de 2$50 (ou qualquer outro artigo numismático) parece-me mesmo algo grosseiro. Esquece-se certamente que comparou duas coisas muito distintas, pois não me recordo de a pequena moeda ter processos próprios de evoluir… ( Esquece-se que as palavras são o que são porque têm uma origem... )
   Defende ele esta simplificação em prol de “uma nova escrita do português que proporcione uma mais rápida e consistente aprendizagem para um estudante do nosso idioma.” Mas porque razão surgiu na actualidade esta urgência de simplificar, de facilitar?! Afinal, o Homem encontra-se num processo de evolução ou de regressão? Porque é que todas as aprendizagens têm de ser rápidas e reguladas pelo mote: “explica-me como se eu fosse muito burro!” A própria aprendizagem deve começar no grau de exigência mais fácil e ir aumentando gradualmente. Mas por esta ordem de ideias, o ideal seria que nunca se saísse dos conteúdos programáticos do primeiro ano de escolaridade. Tudo em prol do facilitismo e da simplificação, claro está! Numa época em que se diz que os miúdos são tão espertos e “parecem já ter nascido ensinados”, não será um contra-senso este desejo de “querer fazer-lhes a papinha toda”? Será que as exigências do passado são agora obstáculos intransponíveis? Mas nós sobrevivemos-lhes, não foi? E até cometemos a façanha de aprender a escrever esta língua tão… complicada!... Seríamos génios?
   Uma coisa é certa, na escrita irei continuar a associar cozinheiro a cozinha e não a qualquer orifício corporal…
publicado por sá morais às 21:17
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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007

O Meu NÃO ao Acordo Ortográfico...

 

  Isto aqui é um blog que tem o nome que tem por uma razão... Fui sempre contra e serei até ao fim. Não é por nacionalismo exacerbado, nem por bolorentos princípios do intelectualismo "alternativo e sombrio"... Eu não gosto de uniformizações forçadas, já para começar! Já me bastam nas aparências, só me faltava agora no modo de escrever!!

  Isto serve para uniformizar a escrita, certo? Mas... e a oralidade?! Estas duas vertentes estarão desassociadas? Julgo que não! Só por isto, qualquer acordo é irreal!

 

  "Quem gosta exageradamente de padronizações é porque, no fundo, prefere uma “ditadura” a uma saudável flexibilidade que todas as línguas vivas apresentam" afirnou o professor brasileiro Sérgio Nogueira e afirmou muito bem, a meu ver.

 

   A língua ( oral e escrita  ) é como um organismo vivo! Desenvolve-se de determinada maneira, devido a determinados factores diferenciadores! Porque raio vamos querer ( tentar... ) extinguir esse desenvolvimento?! As línguas não se desenvolvem com imposições de regras! É absurdo!

 

    Então vamos também cortar as pernas ao Mirandês, que passou a ser moda defender! Matem-se os regionalismos! Ora...

   

    Eu só vou falar de Portugal e do Brasil, porque nos outros países, a percentagem de falantes de português nem sempre é aquilo que está no papel... Em Timor fala-se português? Quem?! Uma minoria! Já pude testemunhar in loco que em certos países lusófonos apenas uma minoria mais letrada fala realmente a língua de Camões... Somos melhor entendidos na Galiza!

    Vamos portanto falar de Portugal e do Brasil. E tanto lá como cá, parecem haver problemas mais importantes! Volto a citar o professor brasileiro, Sérgio Nogueira:

 

 

"Até parece que escrevemos mal por culpa do nosso atual sistema ortográfico, o qual aprendemos por memória visual, pelo bom hábito da leitura.

O que nos falta é incentivo à leitura, é melhorar nossas condições de ensino, é remunerar melhor os professores…

Falta é vontade política de se fazer uma real reforma na educação."

   Façam é Acordos para melhorar o ensino, acabarem com o facilitismo e com todas as outras palhaçadas que andam por aí e deixem lá as nossas singularidades e as dos outros sossegadas!

   E porque não vejo ninguém preocupar-se com o facto de uma parte dos jovens não saberem escrever ou ler/ interpretar textos? Ou com a estúpida moda da "escrita dos telemóveis", que cada vez surge cada vez mais fora deles como um praga, ignorada pelos professores e pais? Agora até regressam o K... Kalker dia tms akord pra screver axim!

 

    

publicado por sá morais às 18:04
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