
Sei que muita gente terá um opinião contrária ( ou talvez não... ), mas a verdade é que estou totalmente de acordo em relação ao envio de forças portuguesas para o Líbano. Mas primeiro vou apresentar as razões pelas quais julgo que deve haver um envolvimento da UN e mais concretamente da EC:
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Apenas uma força de manutenção de paz, devidamente preparada e equipada, poderá trazer à região uma estabilidade necessária para haverem acordos políticos duradouros.
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Tanto o Líbano como Israel aceitam de bom grado este envolvimento europeu. ( Apenas a Síria parece colocar alguns entraves à presença de forças da UN nas suas fronteiras. Mas a Síria deverá remeter-se ao silêncio, pois uma boa parte da culpa deste conflito também é sua... )
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A presença de contigentes europeus irão "contrabalançar" possíveis presenças de forças de países muçulmanos que, sozinhas, poderiam tomar acções parciais ou, no minímo, trazer descondfiança aos israelitas.
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As forças da UN não irão unicamente agir a nível militar. Certas unidades de engenharia irão ajudar a recuperar estruturas libanesas que foram destruídas por Israel.
Quanto a uma eventual participação de Portugal com uma força nessa região, aceito-a pelas seguintes razões:
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Muitos dos custos financeiros da operação serão suportados pela UN.
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A justeza da missão em si: vamos ajudar dois povos, em especial o Libanês, impedir mais matanças sem sentido, vamos por uma boa causa: a paz!
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Fazemos parte da Comunidade Europeia e se gostamos dos benefícios, também temos de aceitar o reverso da medalha: os deveres!
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Fazemos parte de um mesmo mundo e não podemos fechar os olhos aos problemas que nele acontecem, mesmo que seja relativamente longe.
Basicamente: "Give peace a chance"...
concordo tb com a presença de forças portuguesas no local. não acho é que tenhamos "forças terrestres" capazes de enfrentar o desafio que seria resistir a oposição israelita ou mesmo do hezbollah ou do governo libanês (todos cenários possíveis). não temos meios blindados à altura da missão, nem sequer APCs (a menos que mandem para lá os velhíssimos chaimites). O razoável seria assim uma participação terrestre mínima do tipo de comunicações ou engenharia (como se diz aliás que vai acontecer) ou naval (uma Meko) ou até aérea (3 F-16 ou um P-3 Orion) para vigilância naval e aérea.
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