- Irmões! Minhas mansas e dóceis ovelhinhas! Decerto haveis visto de relance a notícia daqueles moços travessos que hastearam uma bandeira na Junta de Freguesia lá dos alfacinhas da capital, precisamente na hora em que os senhores polícias estavam a trocar de turno do café para a cervejaria. Muitos de vós, meus amados anjinhos papudos, haveis pensado que aquela era a bandeira do FCP, mas não era... Acalmai! Aquela era a bandeira que Portugal usava no tempo dos reis. Altura, meus ternos cordeirinhos paroquianos, em que não haviam Mayas, Ronaldos, Nereidas, Castelos Brancos ou Lucys. Nem novelas havia! Tempos, portanto, em que não havia nada que vos interessasse, que ocupasse os vossos delicados miolinhos, minhas ovelhinhas. Aqueles tempos eram, de facto, muito diferentes dos de hoje, meus mansinhos crentes! Imaginem que a Lei não era igual para todos! Haviam os malandros dos nobres que estavam acima da Lei e que faziam tudo o que queriam e escapavam sempre impunes! Imaginem tal coisa! Aqueles eram tempos em que até havia fome e as pessoas tinham de contar os tostões para sobreviver! E como não existia o Ronaldo nem o futebol, ninguém no mundo conhecia Portugal! Era uma desgrácia! Uma desgrácia, meus anjos! Nem haviam subsídios da CEE para fazer estradas e desenvolver o país! Não havia trabalho e os pobres tinham de se sujeitar a trabalhar por tuta e meia! Vejam bem que as pessoas eram forçadas a sair de cá para irem viver para outros lugares onde já era tudo moderno e com presidentes! Era um horror essa tal de monarquia! Um horror, cordeirinhos! O que nos vale é que essa tal de monarquia durou pouco... Graças a... ao Altíssimo, vivemos agora tempos bem diferentes. Agora, sim, somos todos iguais, meus cordeiros mansinhos! Aos olhos da nossa lei actual, o filho do Sr. Dr. Ministro é igual ao estafermo do filho do Zé da Adega! Não duvidem, meus santinhos de altar! Agora há justiça, igualdade, ordem, serenidade e qualidade de vida! Podeis descansar e continuar com as vossas pacatas vidinhas, que pensar muito é fardo que deveis deixar para outros.
Ide portanto em paz, cordeirinhos, pois vosso é o reino dos céus, onde habitam os passarinhos...
Diácono da Trafaria
"Zé" Petinga e Duarte Caldeira salvaram a vida de uma família numa praia não-vigiada. Que tal ( pelo menos ) darem uma medalha a cada um deles pela sua coragem. Ou será que as condecorações são só para "consumo interno"?
É curioso que hajam tantos ( segundo sondagem ) "portugueses" a desejarem a perda da independência e a integração nos domínios da Coroa Espanhola!* Coisa típica de portuga... Ao invés de enfrentar a realidade, os problemas, opta-se pela cómoda e fácil escapatória. Como a "casa" é ( supostamente ) pobre, a malta desiste e implora ao vizinho da "casa" mais abastada que nos acolha no seu dourado regaço! Eis o pensamento básico, oportunista e imoral que norteou os que votaram na integração-anexação. Claro que era preciso que o tal vizinho abastado aceitasse recolher-nos...
Mas a malta acredita piamente em milagres. Há quem acredite mesmo que bastaria mudar a coloração do mapa para tudo se alterar num passo de magia. Como se o nosso problema fosse esse... Mas será que os hermanos nos querem adoptar? Para que queriam eles ir ter uma província cheia de portugueses, gente disposta a vender-se e a trair o sangue e suor dos antepassados por um punhado de euros? Eles são espanhóis, mas não são parvos...
* Quantos desses inquiridos se terão lembrado que a Espanha é monárquica? Ou se mete proveito já nem interessa?
Nuno Nortada
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