(Lusa) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou hoje que a violência urbana desta semana nos subúrbios norte de Paris "nada tem a ver com uma crise social" e é perpetrada por "vadios".
A calma regressou entretanto às zonas afectadas, como Villiers-le-Bel e os bairros circundantes, depois de duas noites consecutivas (domingo e segunda) de distúrbios originados pela morte de dois adolescente cuja motorizada chocou com um carro da polícia.
"Recuso qualquer forma de angelismo que vê em qualquer delinquente uma vítima da sociedade e em cada distúrbio um problema social", declarou Sarkozy num discurso pronunciado perante quase 2.000 polícias e gendarmes (polícia militarizada) sobre questões de segurança.
"O que se passou em Villiers-le-Bel não tem nada a ver com uma crise social, tem tudo a ver com delinquência", disse.
O presidente francês disse considerar que a solução passa por combater "a economia subterrânea" e, em especial, o tráfico de droga que conduz à "transformação de certas zonas em guetos e ao sequestro de populações inteiras que são as primeiras vítimas desses vadios".
Sarkozy reafirmou, por outro lado, que "tudo vai ser feito para encontrar" as pessoas que dispararam contra polícias durante os distúrbios e disse esperar que elas sofram "um castigo que esteja à altura do que fizeram".
Tendo em conta o que aconteceu em 2005 e realidade dos países ocidentais, vejo-me forçado a concordar com Sarkozy. Também já começo a estar farto da vitimização dos criminosos, aquela conversa das justificações para o índole criminoso de certos individuos - era pobre, o pai batia-lhe, etc... Ora porra! Se a pobreza fosse justificação para se ser criminoso, estavamos mal! Então a criminalidade seria uma característica endémica de certos estractos sociais...
Uma coisa é uma revolta social, outra é um motim de gente que apenas pretende roubar e vandalizar! E em 2005 o que se viu foi isso - roubo, espancamentos, vandalismo. Havia ali alguma motivação política, intelectual? Uma organização racional? Julgo que não. O que via era carros a arder, pessoas a serem assaltadas à descarada, espancadas só porque passaram no sitío errado à hora errada, estabelecimentos comerciais a serem roubados, etc... Se a luta destes "rebeldes de palystation" era contra o poder, porque não o atacaram directamente? Era mais fácil irem pegar fogo ao carro do vizinho, não era? Ou roubar umas carteiras para alimentarem o vício no dia seguinte...
Imaginem estes "rebeldes de pacotilha" a fazer a Revolução Francesa... Que risada seria para a malta da Bastilha...
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