Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

Large Hadron Collider (LHC)

 

 

 

 

 

Quase 9.000 cientistas se reuniram nesta quarta-feira na fronteira entre a Suíça e a França para realizar o primeiro teste com o LHC (Grande Colisor de Hádrons), a máquina mais poderosa do mundo que tentará reproduzir o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo.

 

O teste realizado consistiu em atirar o primeiro feixe de prótons em um gigantesco túnel circular de pouco mais de 27 quilômetros de comprimento para observar a colisão das partículas e seus resultados. O equipamento tem como objetivo revolucionar a forma como enxergamos o Universo hoje.

Colocados no acelerador, os prótons deram uma volta completa no enorme túnel. O êxito do primeiro teste foi muito comemorado pelas dezenas de cientistas presentes na sala de controle do organismo, que aguardavam com expectativa o resultado.

 

"Tenho certeza de que funcionará", disse o diretor-geral do Cern, Robert Aymar, minutos antes do início do teste, em um ambiente ainda cheio de expectativa.

 

O diretor do projeto LHC, Lyn Evans, tinha anunciado antes que não era possível saber quanto tempo o feixe demoraria para colidir, o que ocorreu em pouco mais de 50 minutos.

 

Miniburaco negro

 

Uma grande apreensão tomou conta dos momentos iniciais antes do primeiro teste, conduzido por Evans. O grande temor por trás das pesquisas com o LHC são as notícias de que o experimento de colisões de hádrons (partículas como prótons e nêutrons) pela máquina poderia criar um "miniburaco negro" que engoliria a Terra.

 

"É irreal. Isso não faz sentido", disse James Gillies, o porta-voz do Cern (Organização Européia para Pesquisa Nuclear), organização responsável pelo LHC.

 

Por meio de testes com choques de prótons e nêutrons, os pesquisadores querem saber logo que segredos do Universo serão desvendados pelo aparelho, desde a origem da massa até a estrutura da matéria escura.

 

Situado sob a fronteira entre Suíça e França, a uma profundidade até 120 metros, o enorme colisor de partículas é constituído por 60 mil computadores e custou mais de US$ 10 bilhões.

 

Em entrevista à imprensa internacional, Gillies afirmou que o mais perigoso incidente que poderia ocorrer com o LHC é o equipamento se quebrar e acabar soterrado sob a Europa. Além disso, ele declarou que no estágio inicial o colisor só funcionará parcialmente, sendo que o potencial máximo do LHC só deverá ser alcançado após um ano.

 

"Nesta quarta-feira nós começaremos com pouco", disse. "O que nós estamos colocando para funcionar é uma pequena parcela de feixes a baixa intensidade. Isso nos dará experiência para conhecer melhor a máquina."

 

Somente depois do primeiro teste será possível saber se o maior acelerador de partículas do mundo funciona corretamente, mas os primeiros impactos das partículas não serão produzidos durante alguns meses. Só após esse tempo será iniciada a obtenção de dados.

 

Construção

 

A realização do LHC foi algo tão complexo quanto as experiências que devem ser feitas nele. "Primeiro, foi necessário construir a máquina no túnel, algo que começamos a fazer há muitos anos, e depois tivemos de aprender a resfriá-la", explicou o engenheiro espanhol Antonio Vergara Fernández.

"São quase 28 quilômetros de acelerador que precisaram ser resfriados a -271°C", afirma. "Isso começou a ser feito há quase um ano e meio, depois tivemos de conseguir acender a máquina e ver que todos os sistemas funcionavam, mas sem introduzir nenhuma partícula no acelerador."

 

Esse processo para verificar se a máquina estava pronta para receber os prótons "durou cerca de dois anos". O passo seguinte consistiu em preparar o feixe de prótons do mecanismo, para que entrassem no acelerador e pudessem colidir com outras partículas no túnel.

 

Está previsto para que o primeiro feixe de prótons comece a circular no acelerador no começo da manhã desta quarta. O objetivo do primeiro dia de funcionamento do LHC é conseguir que os prótons dêem uma volta em todo o anel gigante.

 

"No início, não conseguiremos. É um processo muito complexo", disse Vergara. "São 28 quilômetros e haverá defeitos que corrigiremos pelo caminho. Faremos o primeiro disparo, os prótons entrarão, se perderão, mas conseguiremos ver onde e como se perderam, e faremos as remodelações necessárias do controle central para depois voltarmos a tentar."

Fonte: Folha Online
 

 

 

 O que me preocupa aqui é mais uma questão de "base"... A nossa ciência ainda não encontrou cura para o cancro, para a Sida ( etc, etc... ) e ainda se vê à rasca com o vírus da gripre... A construção de um carro "limpo" ainda surge como uma dor de cabeça... Fazemos uma tosca exploração espacial... Ainda não conseguimos prever perfeitamente as catástrofes naturais... E os nossos cientistas querem simular os momentos da criação do universo?! Não deixa de ser irónico... Também me preocupam as tais "coisas que nunca foram vistas".

 

 

O conceito para leigos é mais ou menos assim:

Partículas diferentes colidindo geram coisas diferentes que geram resultados desconhecidos e inesperados.

Então… o Large Hadron Collider acelera coisas, essas coisas colidem e ao colidirem vão criar alguma outra coisa diferente das coisas iniciais que ainda não foram vistas.

Acredita-se ainda, que alguns eventos que serão conhecidos nas pesquisas realizadas no LHC, podem estar acontecendo em algum lugar do universo ou num “Tempo” diferente do nosso. A exemplo da pesquisa que tenta indentificar o que aconteceu nos primeiros momentos do surgimento do universo.

 

Entendeu, entendeu? Não!?

 

 

 

Clique aqui e acesse o site oficial do LHC.

 

Clique aqui e confira o acelerador da USP.

 

 

 

publicado por sá morais às 10:50
link | favorito
De Anónimo a 12 de Setembro de 2008 às 10:37
Uma indiana de 17 anos se suicidou com medo do fim do mundo após assistir na televisão a notícias sobre o primeiro teste do Grande Colisor de Hádrons (LHC), realizado com sucesso nesta quarta sob a fronteira entre França e Suíça, informou hoje uma fonte policial.


De sá morais a 14 de Setembro de 2008 às 20:57
Bem, isso é que foi levar o pessimismo à letra...


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