Quarta-feira, 6 de Agosto de 2008

Mistérios da Antiguidade - Intro

 

Esta série de posts será devida à minha crença de que a civilização humana é bem mais antiga do que se pensa e de que os seres humanos dos milénios/séculos passados não eram os "ignorantes" que se julgava serem.

Artefactos como a Pilha de Bagdade, o mecanismo de Antikythera ou o pássaro de Saqqara sempre me fascinaram e fundamentaram essas minhas suspeitas. No entanto, tais descobertas foram quase sempre ignoradas pela corrente "oficial" da História ou então catalogadas como meros desvarios frutos do acaso, que nunca poderiam ter sido plenamente compreendidos/utilizados pelos seus próprios criadores. O Homem " antigo" é assim reduzido ao papel de mero espectador do estranho mundo que o rodeia, com um discernimento limitado e inferior, mistificando e temendo tudo. Por este prisma, nada poderia escapar à simplista  e cómoda explicação meramente religiosa, mitológica ou alegórica.

Curiosamente, até os relatos escritos foram filtrados à luz dessa visão: tudo o que fugia à norma era considerado exagero ou simples mentira... Assim aconteceu com Tróia, famosa cidade da Ilíada, por exemplo. Uma cidade que não poderia existir até ter sido... descoberta!

E os legionários romanos? A corrente "aceite" classificava-os como ignorantes analfabetos. Até terem sido descobertas as suas "cartas" para casa na longínqua Britannia.

A lista poderia continuar...

Seriam os Homens da Antiguidade assim tão pouco "sapiens"? Não me parece!

Felizmente, a História castradora e dogmática começa a ser desafiada, surgindo novas correntes de pensamento no seu interior que não temem colocar todas as questões, que ousam aceitar e experimentar todas as teorias.

 

( com muito agradecimento à lembrança do excelente Canal de História )

publicado por sá morais às 03:39
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Sábado, 2 de Agosto de 2008

O Desejado

   E a verdade é que esse "Portugal" que se perdeu à 430 anos não mais foi encontrado... Essa foi a maior perda, da qual ainda não nos restabelecemos.

 

 

   O certo é que D. Sebastião perdeu, talvez por um erro de visão, talvez por um erro de estratégia, talvez por mero azar e que Portugal também se perdeu numa batalha desigual. Mas só as grandes nações têm a audácia de se envolverem em grandes  batalhas e só as grandes nações sofrem grandes derrotas. Hoje nem grandes derrotas podemos almejar, pois a nossa constrangedora pequenez não o permite. Acreditem, só os gigantes caem do alto!

   E se a "Jornada de África" tivesse sido bem sucedida? Imaginam o quadro geoestratégico? D. Sebastião deve ter imaginado. Provavelmente foi incauto e demasiado audaz, julgando que a fortuna protege a sua raça, mas isso nem sempre acontece...

   Lembro-me de ver representações de D. Sebastião como parvinho, incapaz, deficiente e até paneleiro, assim sem eufemismos. Tudo foi feito para denegrir a sua imagem, como sempre acontece aos derrotados. No entanto, contesto as raivosas alcunhas e caracterizações. O rei era jovem, talvez excêntrico, talvez sonhador, mas dificilmente o "pedaço de asno" vegetativo que alguns afirmam. É um incapaz capaz de se realizar na caça, nos exercícios militares? É um asno capaz de se dedicar ao estudo da História? Sim, não se casou, não acautelou o futuro do reino... Criado por desvairados jesuítas e crente num sonho de ser "Capitão de Cristo", talvez isso não fosse sua prioridade. Mas isso faz dele um efeminado, um rei amaricado? Não me parece! Mas noto como foi rápida a apontar o dedo a nossa sociedade liberal que, na actualidade, acolhe boçalmente no seu regaço, heróis televisivos aberrantemente efeminados... Noto como a intelectualidade nacional, sempre defensora do direito à diferença, foi tão rápida a rotular o nosso Rei...

  Percebeu Camões que as "maravilhas" das jovens idades podem ser fatais... Ontem e hoje. Os jovens gostam de ser diferentes, desafiam, arriscam... Agora somem essa natureza própria da juventude ao poder de um rei! Faltam-vos na actualidade exemplos de jovens que se perderam na fama e riqueza?

   D. Sebastião foi "fatal", mas será sempre Desejado e, um dia, merecerá bem mais do que uma patética estátua...

 

 

Encoberto

Destinado a sonhar,

O sonho quiseste cumprir.

Quiseste o Império aumentar,

Outro futuro decidir.

 

Mas quis um triste destino,

Que o sonho, em vez de sê-lo,

Se tornasse um crepúsculo,

Prenuncio do pesadelo.

 

E todos os que tombaram,

Essa nobre alma Lusitana,

Para sempre nos faltaram

Na maior grandeza humana.

 

Ficou o reino desamparado,

À mercê de mil enganos.

Vendo inimigos coroados,

Desgovernando por muitos anos.

 

Mas muito tempo passado,

Teu mito ainda perdura,

Como um sonho abençoado,

Como a completa ventura.

 

Pois ainda se espera o obreiro

Da glória de Portugal,

Rei vindo do nevoeiro,

Para tornar o sonho real...

 

 

P.Ventura

publicado por sá morais às 13:01
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Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007

Tomada de Lisboa

 

25 de Outubro celebram-se 860 anos da tomada de Lisboa aos Mouros, um feito celebrado ao longo de várias gerações e que inspirou muitas gravuras e obras de arte. Este ano a Egeac e o Castelo de São Jorge decidiram realizar uma animação histórica deste acontecimento. D. Afonso Henriques e o Alcaide Mouro contam o que aconteceu há 860 anos, às 10h00 às escolas e às 18h00, ao público em geral. Às 19h00 será recriado o ambiente da época com um concerto de Eduardo Ramos Ensemble Moçárabe, com música de origem cristã, árabe e sefardita.

 

 

   O primeiro cerco de Lisboa, com início a 1 de Julho de 1147 e que durou até 25 de Outubro, e foi um episódio integrante do processo de Reconquista cristã da península Ibérica, culminando na conquista desta importante cidade aos mouros pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185) com o auxílio dos Cruzados em trânsito para o Médio Oriente. Efetivamente, este episódio constituiu o único sucesso da Segunda Cruzada.

   Após a queda de Edessa, em 1144, o Papa Eugénio III convocou uma nova cruzada para 1145 e 1146. O Papa ainda autorizou uma cruzada para a Península Ibérica, embora esta fosse uma guerra desgastante de já vários séculos, desde a derrota dos Mouros em Covadonga, em 718. Nos primeiros meses da Primeira Cruzada em 1095, já o Papa Urbano II teria pedido aos Cruzados ibéricos (futuros Portugueses, Castelhanos, Leoneses, Aragoneses, etc.) que permanecessem na sua terra, já que a sua própria guerra era considerada tão valente como a dos Cruzados em direcção a Jerusalém. Eugénio reiterou a decisão, autorizando Marselha, Pisa, Génova e outras grandes cidades mediterrânicas a participar na guerra da Reconquista.

A 19 de Maio zarparam os primeiros contingentes de Cruzados de Dartmouth, Inglaterra, constituídos por Flamengos, Normandos, Ingleses, Escoceses e alguns cruzados Germanos. Segundo Odo de Deuil, perfaziam no total 164 navios — valor este provavelmente aumentado progressivamente até à chegada a Portugal. Durante esta parte da Cruzada, não foram comandados por nenhum príncipe ou rei; a Inglaterra estava em pleno período d'A Anarquia. Assim, a frota era dirigida por Arnold III de Aerschot (sobrinho de Godofredo de Louvaina), Christian de Ghistelles, Henry Glanville (condestável de Suffolk), Simon de Dover, Andrew de Londres, e Saher de Archelle.

   A armada chegou à cidade do Porto a 16 de Junho, sendo convencidos pelo bispo do Porto, Pedro II Pitões, a tomarem parte nessa operação militar. Após a conquista de Santarém (1147), sabendo da disponibilidade dos Cruzados em ajudar, as forças de D. Afonso Henriques prosseguiram para o Sul, sobre Lisboa.

   As forças portuguesas avançaram por terra, as dos Cruzados por mar, penetrando na foz do rio Tejo; em Junho desse mesmo ano, ambas as forças estavam reunidas, ferindo-se as primeiras escaramuças nos arrabaldes a Oeste da colina sobre a qual se erguia a cidade de então, hoje a chamada Baixa. Após violentos combates, tanto esse arrabalde, como o a Leste, foram dominados pelos cristãos, impondo-se dessa forma o cerco à opulenta cidade mercantil.

Bem defendidos, os muros da cidade mostraram-se inexpugnáveis. As semanas se passavam em surtidas dos sitiados, enquanto as máquinas de guerra dos sitiantes lançavam toda a sorte de projéteis sobre os defensores, o número de mortos e feridos aumentando de parte a parte.

No início de Outubro, os trabalhos de sapa sob o alicerce da muralha tiveram sucesso em fazer cair um troço dela, abrindo uma brecha por onde os sitiantes se lançaram, denodadamente defendida pelos defensores. Por essa altura, uma torre de madeira construída pelos sitiantes foi aproximada da muralha, permitindo o acesso ao adarve. Diante dessa situação, na iminência de um assalto cristão em duas frentes, os muçulmanos, enfraquecidos pelas escaramuças, pela fome e pelas doenças, capitularam a 24 de Outubro.

  Entretanto, somente no dia seguinte, o soberano e suas forças entrariam na cidade, nesse meio tempo violentamente saqueada pelos Cruzados.

   Decorrente deste cerco surgem os episódios lendários de Martim Moniz, que teria perecido pela vitória dos cristãos, e da ainda mais lendária batalha de Sacavém.

   Alguns dos Cruzados estabeleceram-se na cidade, de entre os quais se destaca Gilbert de Hastings, eleito bispo de Lisboa.

  Após a rendição uma epidemia de peste assolou a região fazendo milhares de vitimas entre a população. Lisboa tornou-se, entretanto, capital de Portugal a 1255.

 

Resultado Vitória decisiva dos Portugueses

( in Wiki )
publicado por sá morais às 11:22
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Sábado, 11 de Agosto de 2007

Evolução ou evoluções?...

 

Os fósseis encontrados a leste do lago Turkana no Quénia colocaram dúvidas sobre teoria da evolução do homem. A conclusão está num artigo na revista científica " Nature " desta semana.

 

Os cientistas da equipa liderada por Fred Spoor , da University College de Londres consideram que a descoberta de uma mandíbula do Homo habilis , com 1,44 milhões de anos, e de um crânio do Homo erectus, curiosamente mais antigo, com 1,55 milhões de anos, afastam a possibilidade do habilis ser ‘pai’ do erectus, por estes terem vivido em simultâneo durante 500 mil anos.

 O cenário evolutivo mais aceite até agora costumava ver uma sucessão clara entre o H. habilis e o H . erectus. O primeiro teria surgido por volta de 2,3 milhões de anos atrás, no leste da África, e usado pela primeira vez ferramentas de pedra fabricadas por ele mesmo (daí o nome latino de "hábil"). Era um hominídeo pequeno, pouco maior que um chimpanzé moderno.

 Já o H. erectus, suposto descendente direto e substituto do H. habilis, teria surgido por volta de 1,9 milhão de anos atrás e desenvolvido um cérebro com dois terços do volume do nosso, assim como tamanho e proporções do corpo praticamente iguais ao do homem moderno.

“O fóssil da mandíbula indicia que o H. habilis não era a espécie-mãe do H . erectus. Eram sim espécies irmãs que viveram ao mesmo tempo”, sustentam os investigadores na revista Nature. A ideia do trabalho exclui totalmente é a ideia de uma única linhagem da evolução, sem 'galhos', na qual um se transforma no outro.

A posição dos cientistas no Quénia surge uma semana após uma equipa espanhola de paleontologia defender que os nossos antepassados serão originários não apenas de África mas também da Ásia.


O uso do DNA abalou a Evolução do homem e contrariou as teorias dominantes de há 30 anos ao afastar o Homem de Neandertal, como um nosso antepassado. A ligação entre o australopiteco e o Homo erectus também é polémica.

 Parece que mais um dogma cientifico poderá cair por terra... E esta descoberta poderá ter diversas implicações no próprio "tecido" da evolução. Evoluções paralelas e plurais poderão demonstrar que existe, de facto, um caminho convergente na evolução das espécies, o que alarga o horizonte até agora restrito da própria evolução.

 Sobre algo relacionado, também poderá encontrar um interessante no blog Quintus.

publicado por sá morais às 19:00
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Sexta-feira, 5 de Janeiro de 2007

Descobertos vestígios da guerra mais antiga, há 6.000 anos

Um arqueólogo alemão afirma ter encontrado no nordeste da Síria vestígios da «primeira guerra da humanidade», ou pelo menos a mais antiga já descoberta, como bolas de pedra e argila utilizadas provavelmente como munições há cerca de 6.000 anos, noticiou hoje o semanário alemão Die Zeit.

«Temos aqui o exemplo mais antigo de uma guerra ofensiva», declarou o arqueólogo Clemens Reichel, que chefia as escavações na antiga cidade de Hamaukar, perto da fronteira com o Iraque, para a Universidade de Chicago.

Segundo Reichel, a cidade, cujas fortificações chegaram a ter três metros de espessura, foi invadida e reduzida a cinzas há quase 6.000 anos, provavelmente por invasores procedentes do sul da Mesopotâmia.

«Não foi uma pequena briga o que ocorreu aqui», salientou o arqueólogo, que chefia os trabalhos de escavação no local desde 2003. Referiu-se ainda a uma zona de combate real, baseando-se nas cerca de 2.300 bolas de pedra e argila descobertas na parte principal do local. in DD

Nada que me cause surpresa, pois sempre defendi que a História tem mais história do que aquelas que os senhores da História defendem. 6000 anos? Até à próxima descoberta....

publicado por sá morais às 19:10
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Terça-feira, 2 de Janeiro de 2007

Rapidinhas

No Canal História é tempo de ver/ rever um documentário sobre o ECHELON. E porque não rir, ao ver uns tipos americanos muito preocupados ( pelo menos para as câmaras... )com a vigilância a cidadãos americanos, que possam ser ilegais face à 4ª Emenda... Mas o resto do mundo ( sem Emendas que os protegam... ) são... lixo... que pode ver a sua privacidade destruída... E as empresas europeias também foram alvos. Dualidades...

No Canal de História temos ainda: O fenómeno da mutilação de gado, Aviãçao de combate: B-17 flying fortress, Leslie Howard: estrela de cinema ou espião? ou Franco e Salazar, só como exemplo.

O AXN, que já nos trás séries como CSI, Sem Rasto e Sobrenatural, vai-nos trazer uma nova mini-série, que irá para o ar na sexta-feira: Enigma em Jerusalem.

ver sinopse.

 O filme ( por cá mini-série ) é Alemão e já li comentários positivos e negativos. No entanto, é mais uma série que é diferente do "vomitado" dos canais nacionais... ( e a horas decentes! )

No AXN poderão ainda rever 1941 - Ano Louco em Hollywood ou Grita Liberdade.

O blog do nosso amigo Kaos fez um ano de existência! Eu por mim agradeço e peço: Venham de lá mais uns aniversários!

 

publicado por sá morais às 18:00
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Segunda-feira, 16 de Outubro de 2006

O HOMEM QUE MUDOU O MUNDO

A RTP voltou a mostrar que a televisão não é apenas carradas de novelas e outros programinhas. O filme O HOMEM QUE MUDOU O MUNDO  foi outro bom momento e uma pedrada no charco do lixo televisivo. Gostei de rever!

Albert Finney dá-nos uma excelente interpretação de Winston Churchill ao longo dos anos que antecederam a II Guerra Mundial.
Um filme que nos conta o que foi a história de amor entre Winston e Clementine Churchill, durante um período do casamento deles particularmente agitado e pouco conhecido.
Nos anos que antecederam II Guerra Mundial, Churchill foi na política britânica uma voz solitária que gritava a avisar o seu país e o resto do mundo da ameaça Nazi.
Junto com a mulher Clementine, ele soube enfrentar todos os problemas quer pessoais quer do ponto de vista político, antes de se afirmar como um grande líder político e um herói.

Com Albert Finney e Vanessa Redgrave 


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publicado por sá morais às 13:57
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Sexta-feira, 13 de Outubro de 2006

Lockheed P-38F Lightning

 

Ora aqui está mais um pedaçito de História. O Lightning português!

 A actividade do Lightning em Portugal foi muito reduzida. Na altura era conhecido pelo "avião do general", porque só era rebocado do hangar quando a base recebia a visita de altas patentes ou outras individualidades.

 O tenente Solano de Almeida tinha o sonho de levar o Lightning  para  África e uma manhã levantou voo da Ota para um teste ( não autorizado pelo comandante da base! ) sobrevoando Lisboa. Quando regressou foi severamente repreendido e... autorizado a pilotar o aparelho dali em diante! No entanto, algum tempo depois surgiram fugas de combustível e os tanques das asas tiveram de ser inspeccionados . E a conclusão foi que não havia modo de vedar a borracha. A escassez de materiais adequados era determinante! Ainda se tentou substituir os tanques de borracha por outros de metal, mas isto não resultou. O aparelho não voltaria a voar... Juntamente com os os Airacobra , foi retirado em 19 de Março de 1950 e vendido para sucata.

* Não deixa de ser estranho que este avião fosse para a sucata em 1950, quando os Gladiator voaram até 53...

Motor: 2x Allison V-1710-49 /53r
Potência: 1225hp
Dimenções:
Envergadura................................ 15,84 m
Comprimento............................... 11,53 m
Altura........................................... 2,99 m
Area alar...................................... 30,13 m2
Performances:
Velocidade máxima................ 635 Km /h
Raio de acção.......................... 640 Km
Razão de Subida...................... 750 m/min
Tecto de serviço.................... 11890 m
Pesos:
Vazio....................................... 4563 Kg
Equipado.................................. 7210 Kg

publicado por sá morais às 19:58
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Sexta-feira, 8 de Setembro de 2006

Rogozarsky

A aviação Jugoslava não foi certamente determinante na Segunda Guerra Mundial, no entanto a sua indústria produziu um caça capaz de rivalizar ( ou mesmo superar ) os melhores aviões seus contemporãneos como o Me-109  ou o  Hurricane . Desenhado pelos mesmos projectistas do IK-1 e IK-2 , o IK-3 seguia as modernas tendências da época na construção de aeronaves, possuindo asas baixas e cockpit fechado, com uma estrutura de tubos de aço, tela, metal e madeira. A produção do aparelho foi entregue a empresa sérvia Rogozarski A.D ., com o primeiro voo sendo realizado em 1938. No entanto uma série de factores ( conjuntura política, falta de visão dos comandos militares, acidentes e escassez de materiais ) atrasou bastante a sua construção e os testes dos primeiros protótipos. Pelo que, em 1941 existia apenas uma pré-série de 12 aparelhos que foi entregue para o 52º Esquadrão de Caça. A invasão alemã, nesses mesmo ano, impediu a continuidade da produção. Os 12 aparelhos tomaram parte na Batalha de Belgrado, derrubando 12 aviões nazis, lutando sempre em constante e desesperada inferioridade numérica. Os aparelhos sobreviventes ( tal como os 25 que se encontravam em construção ) acabaram por ser destruidos no solo, impedindo assim a sua captura pelas victoriosas forças alemãs.

Dados técnicos

Envergadura: 10,3 m
Comprimento: 8 m
Altura: 3,25 m
Peso: 2.068 Kg (vazio) e 2.630 Kg (máximo na descolagem)
Motor: Avia (Hispano-Suiza) 12Ycrs, V12, refrigerado a líquido (960 hp)
Velocidade: 527 Km/h
Altitude: 9.460 m
Autonomia: 785 Km (1:15 min. de vôo)
Armamento: 1 canhão Hispano-Suiza HS-404 de 20 mm (eixo da hélice) e 2 metralhadoras FN de 7,92 mm (sobre o motor)

publicado por sá morais às 14:57
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Segunda-feira, 4 de Setembro de 2006

Ponce de Leon

JUAN PONCE DE LEON reconhecido como o descobridor da Florida, foi educado para ser um soldado e  um funcionário da Coroa. No entanto, uma invulgar demanda acabaria por o tornar famoso e conceder-lhe a imortalidade que ele tanto ansiava...

Em 1493, Ponce partiu para Hispanoila na segunda viagem de Colombo, com muitos outros nobres que haviam ficado sem ocupação após a queda de Granada. Porém, ao chegar a Hispaniola , a expedição depara com uma revolta dos nativos. A revolta acaba por levar a uma guerra onde Ponce se envolve e se distingue . O governador de Hispaniola ( Nicolás Ovando ) promove-o e envia-o para uma cidade no este da ilha. È aqui que Ponce escuta rumores sobre uma fantástica riqueza na ilha vizinha de Buriquien ( Porto Rico ). Pede então uma autorização e desloca-se até lá em 1508, descobrindo realmente os referidos tesouros. Devido a este sucesso é nomeado governador de Boriquien . Enquanto acumula riqueza toma conhecimento de lendas índias que referem uma maravilhosa fonte de juventude situada algures numa ilha chamada Bimini , a norte de Hispaniola . Ponce acaba por conseguir em 1512 uma autorização de Carlos V para descobrir e povoar a ilha de Bimini . Em 1513, Ponce parte de San German (Porto Rico) com 3 navios. Onze dias depois chega a Guanahani . Continuando a sua viagem acaba por avistar uma costa que ele baptiza de Florida, em honra do dia ( 27 de Março - Pascua de Flores ) e devido à luxuriante vegetação que encontra. Continua a seguir para norte e,  2 de Abril, desembarca numa pequena praia para formalmente reclamar aquelas terras para a Coroa Espanhola. Depois volta a navegar para sul em direcção a Porto Rico, tendo ainda diversos encontros com os nativos que se revelam bastante aguerridos e pouco amigáveis, o que leva Ponce a não penetrar no interior do território em busca de quaisquer tesouros.

   Apesar de esta sua primeira viagem não ter resultado na aquisição de ouro e escravos ou na descoberta da fonte da juventude, Ponce estava determinado em assegurar a posse da sua descoberta, onde julgava estar a lendária fonte e consegue autorização para uma segunda expedição em 1514 e consequente povoamento da ilha de Bimini e da ilha da Florida ( assim se pensava ). Em 1521 parte novamente para a costa da Florida, cada vez mais obcecado por encontrar a tão desejada fonte da juventude. Mas acaba por ser ferido por uma flecha envenenada dos nativos, enquanto construía casas para os seus colonos. É então levado para Cuba, onde acaba por falecer. Acabava assim o obstinado sonho de encontrar a fonte da imortalidade, encontrando-a de forma diferente nos anais da História...

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publicado por sá morais às 23:05
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Sábado, 2 de Setembro de 2006

O Sumbmarino Português Espadarte ( 1913 - 1931 )

Às 11 horas do dia 15 de Abril de 1913, há 90 anos atrás, celebrou-se a entrega oficial e solene do primeiro submersível português “Espadarte” no porto Italiano de La Spezzia. Contava então com 21 imersões efectuadas na fase das experiências com Italianos e Portugueses.

 

Pela primeira vez, a meio da tarde do dia 15 de Abril de 1913, uma guarnição formada exclusivamente por portugueses entrava em imersão no Golfo de La Spezzia. O primeiro Comandante do “Espadarte” – 1º Ten Joaquim de Almeida Henriques – recebeu um estojo da primeira guarnição com um artístico tinteiro de prata com pena de ouro, tendo sido usada nas assinaturas da acta de entrega, pelos oficiais portugueses e pelos directores do estaleiro e da Fiat.

Nesse tinteiro estava gravado: “Aos oficiais da Missão Naval Portuguesa, oferece a guarnição do submersível Espadarte”,... e nas três faces da pena podia ler-se: “Zelo – Aptidão – Honradez”.

- O início da “saga” dos submarinos Portugueses que receberam pela primeira vez o lema por que sempre se pautaram – “A Pátria servir com zelo aptidão e honradez”.

Estava destinada a ser árdua, bastante atribulada e difícil a chegada dos Submarinos a Portugal, primeiro com a luta incessante da Liga Naval Portuguesa com o objectivo da renovação da frota nacional onde incluía necessariamente os Submersíveis, passando pela  acção dos pro Submersíveis, que se preocupavam em elevar mais alto a sua voz em acções de esclarecimento da necessidade da arma e por fim na tão atribulada viagem do primeiro submersível, que partiu a 4 de Maio de 1913 de La Spezzia e só chegou a Lisboa a 5 de Agosto de 1913. Durante o trânsito, o “Espadarte” teve que vencer vários problemas que o obrigaram a arribar por diversas vezes, entre os quais avarias nos dois motores de combustão e as consequências do mau estado do mar. A viagem inaugural de 1400 milhas num meio de grande novidade e discreta pequenez, sem escolta e num mar revolto... não seria uma façanha, mas, pelo que envolvia de coragem, de confiança (e até talvez de um pouco de imprudência), era coisa bem própria de Portugueses.

O primeiro Submersível chegava não só a Portugal mas à Península Ibérica,... a nossa vizinha Espanha não possuía ainda Submersíveis. Portugal adiantara-se na adopção dessa nova arma de guerra naval e o “Espadarte” foi assim, ao tocar nos portos Espanhóis de Barcelona, Valência e Alicante, motivo de forte interesse oficial e popular. O jornal “El Guante Blanco” de Valência, num artigo intitulado “El terrible submergible”, comentava:

“La aparicion del submergible português “Espadarte” – el Escalante, como decian los chiquillos del Gra – en nuestro porto, ha  sido  un verdadeiro exito para el digno representante de nuestra vecina Republica Lusitana. No han visto ustedes el submergible portugues? Vaya una cosa bonita, por lo rara!”

Assim falavam os espanhóis em contraposição com alguns portugueses que escreviam certas palavras insensatas sobre a feliz ideia de dotar a Marinha Portuguesa com a arma submarina. Cedo essas bocas foram caladas com a expressão máxima da capacidade da arma – os torpedos – com ogiva de exercício foram lançados frente a Algés contra um rebocador do Arsenal e contra o torpedeiro nº 3 tendo as esteiras passado precisamente sob os alvos visados. Para além deste exercício foram efectuados mais quatro até final do ano onde foi possível testemunhar o factor surpresa e a incrível capacidade de descrição em acções simuladas contra cruzadores, torpedeiros e contratorpedeiros. Uma das testemunhas num destes exercícios foi o Presidente do Ministério, que ao assistir ao mérito e eficácia do “Espadarte”, assentou a encomenda de mais 3 submarinos. Do sucesso destes exercícios resultaram ainda três certezas:

- As guarnições dos nossos cruzadores e contratorpedeiros mostraram uma ausência total de treino;

- O pessoal do “Espadarte” tinha demonstrado que a arma submarina se apresentava com perspectivas de eficiência;

- Não devíamos nem podíamos suster a nossa marcha no sentido de criar na Marinha Portuguesa uma força de acção submarina.

De início, sem outros da sua espécie, o “Espadarte” começou com uma tarefa importante neste período conturbado da primeira guerra, como patrulhador da entrada da Barra de Lisboa.

Silva de Pinho

Retirado da Revista da Armada e adaptado por IdeiasFixas2.

Características Técnicas

  • Deslocamento à Superfície: 245 toneladas;
  • Deslocamento em Imersão: 300 toneladas;
  • Comprimento: 45 m;
  • Velocidade Máxima à Superfície: 14 nós;
  • Velocidade Máxima em Imersão: 8 nós;
  • Autonomia: 1500 milhas;
  • Guarnição: 21:
  • Armamento: 4 torpedos lançáveis por 2 tubos.
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publicado por sá morais às 12:53
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Sexta-feira, 1 de Setembro de 2006

Recordar Beslan...

Beslan , na Ossétia do Norte, na Rússia, presenciou no dia 3 de Setembro um massacre de mais de 330 pessoas em uma escola. Desde o dia 1º daquele mês, terroristas mantinham mais de mil pessoas reféns, entre pais, professores e alunos, na escola.

Entre as exigências que eram feitas estavam a retirada das tropas russas da Chechénia e o reconhecimento da independência desta república do Cáucaso. O Kremlin aceitou uma das reivindicações do comando de Beslan , de libertar 30 prisioneiros para trocá-los por reféns que estavam na escola.

Mas nada foi suficiente para impedir a tragédia. No dia 3, a queda de uma granada - de acordo com versão de autoridades russas - por causa do rompimento da fita adesiva que a prendia no teto do ginásio da escola ou a negligência de um dos terroristas, segundo outros ex-reféns, provocou a primeira explosão no local onde estava a maioria dos reféns.

No meio do pânico e da confusão, um dos terroristas activou a bomba que tinha amarrada ao corpo e dezenas de reféns se jogaram contra as janelas, começando o tiroteio dentro e fora do local, por parte dos milicianos ossetas e de policiais russos. Assustadas, cerca de 30 pessoas fugiram do colégio, enquanto os sequestradores atiravam nos reféns pelas costas.

Depois da acção de Beslan , a Rússia passou a oferecer uma recompensa de US$ 10 milhões pelos líderes chechenos Aslan Maskhadov e Shamil Basayev . O país também prometeu atacar "bases terroristas" em qualquer lugar do mundo.

Nunca será demais recordar este acto bárbaro, este acto covarde que matou tantos inocentes e deixou terríveis marcas psicológicas nos sobreviventes. O Homem no seu pior...
 

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publicado por sá morais às 14:01
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Domingo, 27 de Agosto de 2006

North American P-51

publicado por sá morais às 16:40
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Quarta-feira, 17 de Maio de 2006

Canto das Recordações - Operação Chastise

Faz hoje 63 anos que um grupo de homens corajosos deram a Hitler mais uma prova de que os Homens livres não iriam baixar os braços face à sua loucura. Denominada Operação Chastise, o ataque foi levado a cabo por uma força de 19 Lancasters "Dam Busters", na noite de 16 para 17 de Maio. O objectivo eram 4 barragens no coração da Alemanha. Duas ( Mohne e Eder ) foram atingidas com sucesso. Foi uma noite com grandes custos para ambos os lados. A RAF perdeu oito Lancasters e 53 tripulantes, mas a Alemanha soube que não era intocável... Pelo seu comando, Guy Gibson recebeu a Victoria Cross e outros 33 tripulantes receberam outros louvores.

 

publicado por sá morais às 23:59
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Segunda-feira, 24 de Abril de 2006

Máquinas dos Céus - Avro CF-105 Arrow (1958)

A Avro Canada começou a projectar este aparelho em 1953. Em Março de 1958 voava o primeiro CF-105 Arrow. O programa de voo de de testes avançou rapidamente e no espaço de um ano haviam 5 protótipos a voarem perto de Mach 2 ( estavam planeados motores ainda mais potentes! ) e acima dos 15000 metros. Este era um aparelho espectacular, muito à frente do seu tempo e, em muitos aspectos ainda comparável a aparelhos da actualidade. Um verdadeiro "salto para a frente da industria aeronáutica".  Porém, devido à ideia da época de os aparelhos tripulados ficariam obsoletos face aos misseis  e à falta de visão dos politícos canadianos, o projecto foi cancelado em 20 de Fevereiro de 1959, num dia que ficou conhecido como "Domingo Negro". Os dez aviões existentes foram destruidos, tal como planos ( foram queimados! ), motores, ferrametas, etc. Existem alguns mitos de que um ou dois aviões terão escapado, mas tudo não passa de conjecturas. Mais credível ( muito mais, em minha opinião ) é a teoria que os USA terão feito pressão para a destruição destes aparelhos, que punham em causa a sua superioridade técnica nesta àrea. Aliás, a maioria dos técnicos deste projecto foram "levados" para os USA, onde colaboraram nos projectos espaciais da Nasa...

publicado por sá morais às 14:15
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Sábado, 22 de Abril de 2006

Canto das Recordações - Falklands War

   Sendo uma memória que tenho bem presente ( talvez por me interessar desde jovem por estas coisas... ) , a guerra das Falklands /Malvinas em 1982 passa ao lado de muita gente, em especial das gerações mais jovens. Eram os tempos da Dama de Ferro, Margaret Thatcher . Tudo começou com uma operação militar argentina em Port Stanley, à qual os britânicos responderam duramente, conseguindo recuperar o controlo das ilhas.

O que guardo como recordação?

- O meu apoio à Argentina - povo argentino e não ao regime  -( Afinal, Portugal entregou as suas colónias, mas países como a G.B . ou a França continuam a ter colónias e protectorados por todo o mundo )

- O meu espanto perante as fantásticas capacidades do Harrier , que esmagaram a FA Argentina.

- O destemido ataque de velhinhos A-4S a uma unidade naval inglesa, que provou que a superioridade tecnológica não é tudo...

- As discussões familiares sobre esta guerra.

Curiosidades:

- o Chile, então governado pelo general Pinochet, prestou apoio logístico ao Reino Unido.

-O Reino Unido solicitou informações à França, país produtor dos Exocet, a fim de que esta lhe fornecesse códigos para desvio de alvo de cada míssil desta categoria vendido pela França à Argentina. Uma vez fornecidos os dados ao Reino Unido, a frota britânica, guiada por imagens de satélite procedeu em 2 de maio de 1982 ao afundamento do navio de guerra argentino mais importante, o cruzador General Belgrano , que datava ainda da Segunda Guerra Mundial.  Por este motivo técnico, nenhum míssil comprado da França pela Argentina pôde acertar o alvo.

publicado por sá morais às 21:46
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Segunda-feira, 20 de Março de 2006

O tal navio...

Meus amigos! O primeiro palpite do Rui tinha sido o Graf Spee. Eu tinha dito que estava errado, mas que este andava lá perto... Depois dei ao Dae-su Oh a pista de que havia um filme relacionado sobre este navio..

O filme: A Batalha do Rio da Prata (1956 )

O navio: Cruzador "Achilles" Deslocamento 7.030 toneladas, comprimento 169 metros, 550 homens, armamento: 8 canhões de 152mm, 4 de 102mm, 16 de pequenos calibres, 8 tubos lança-torpedos, uma catapulta e dois aviões.

* Este era idêntico ao cruzador "Ajax" . O terceiro navio do trio era o "Exeter", o navio mais castigado nos combates com o Graf Spee. Então, amigos, não era fácil?

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publicado por sá morais às 14:42
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